sexta-feira, 13 de setembro de 2013

TRABALHAR O FUTURO


Nova Geração

Numa das ultimas edições do jornal “Expresso”  foi publicado um conjunto de dados sobre a sociedade portuguesa, com os quais se pretendia dar um retrato social de Portugal em 1973, por contraponto com a atual realidade.

Para melhor se perceber as grandes mutações e evolução da nossa sociedade nos últimos 40 anos, destaquei os seguintes dados:


1973
2013
População residente
8.663.252
10.562.178
Esperança de vida
67,6 anos
79,6 anos
Casas sem água canalizada
53%
0,7%
Casas sem esgotos
40%
0,5%
Casas sem eletricidade
37%
Sem relevância
Taxa de analfabetismo
25,7%
5,2%
População com ensino superior
0,9%
14,8%

Sendo evidente que outras leituras podem ser feitas, são inegáveis os ganhos em termos de qualidade de vida e do nível de formação dos portugueses.

Disso mesmo é exemplo o atual quadro de juízes de basquetebol, onde são inúmeras as situações de árbitros e oficiais de mesa com competências habitacionais ao nível de licenciatura e mestrado e, acima de tudo, com responsabilidades profissionais e experiência de vida relevantes mesmo a nível internacional.

Em todas as áreas da ciência temos gente muito competente e que, por vezes, nos passa despercebida.

A constatação desta realidade importa numa dupla responsabilidade:

  • dos juízes, enquanto pessoas dotadas de competências e capacidade critica e inovadora, no sentido de colocarem essas competências ao serviço da modalidade e da arbitragem, contribuindo para o seu desenvolvimento em todas as vertentes;
  • dos dirigentes e estruturas federativas, na necessidade  de compreenderem as expectativas e motivações dos  árbitros e oficiais de mesa numa época em que a informação e as novas tecnologias imperam e as solicitações sociais e lúdicas se multiplicam.
Sem a percepção da necessidade de evoluir no sentido de proporcionar aos juízes o enquadramento na arbitragem ao nível do que, muitas vezes, dispõem na família, na escola ou no ambiente social em que se inserem, não conseguimos criar condições de acolhimento e motivação para uma nova geração de árbitros e oficias de mesa.

Não podemos pensar o futuro sem pensar nas pessoas e nas suas motivações e condições de vida social e familiar.

A capacidade dos dirigentes e estruturas da arbitragem para incentivar e promover a realização pessoal e desportiva dos juízes através da arbitragem e a conciliação de interesses pessoais e familiares com os compromissos desportivos, é a chave para criarmos melhores condições de acolhimento e retenção de novos juízes.

Com rigor, transparência, estruturas adequadas, formação de qualidade e respeito pelos interesses e bom nome da arbitragem, por certo atingiremos, numa perspectiva nacional, patamares de excelência ao nível da arbitragem do basquetebol.

valdemar cabral





2 comentários:

  1. amigo Valdemar: chavões, frases feitas, mas não leio uma linha sobre uma proposta concreta ou algo já feito, mesmo que à escala regional, que consubstancie esta reflexão oportuna.
    Abraço!
    BC

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  2. Obrigado pelo seu comentário e por ter reconhecido que se trata de uma reflexão oportuna.
    Como compreenderá, este é um espaço de opinião e reflexão, e não de propostas, as quais deverão ser feitas em local próprio e tempo oportuno.
    Um abraço
    Valdemar cabral

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