quarta-feira, 21 de maio de 2014

REGULAMENTOS DE ARBITRAGEM


Oportunidade perdida..
 

Através do Com. nº 40-CA/FPB, de 19 de Maio, foi tornado público que a Direção da F.P.B. aprovou a revisão dos Regulamentos Geral e Disciplinar da Arbitragem, em vigor há mais de 35 anos.

São, de facto, dois documentos importantes para o setor da arbitragem e para os juízes e que, como tal, devem merecer a especial atenção da estrutura da arbitragem e de todos os árbitros, oficiais de mesa e comissários técnicos.

O conteúdo técnico dos referidos regulamentos, bem como a oportunidade  da sua aprovação, é matéria que pode, e deve, merecer alguma reflexão, sendo no entanto de manifestar total concordância com o facto de os regulamentos atribuírem ao CA/FPB a competência disciplinar sobre os atos, ou omissões, dos juízes que possam, à sua luz, ser censuráveis.

No processo que conduziu a aprovação daqueles documentos, desconhece-se, em absoluto, qual o grau de participação e responsabilidade do CA/FPB, mas atento o seu comunicado onde refere que
"o CA da FPB congratula-se com o objetivo desta tarefa, pelo facto de se ter conseguido voltar a recentrar no próprio sector da Arbitragem aquilo que a ele efetivamente pertence",
fácil é de depreender do seu pleno envolvimento e, porventura, iniciativa, em todo este processo.
Mas mais importante do que as soluções encontradas é a análise da metodologia adotada, pois a mesma não pode deixar de transmitir a forma de estar e pensar a modalidade e, em particular, a arbitragem.

De facto, perdeu-se mais uma oportunidade para promover a participação da estrutura da arbitragem e dos juízes num debate que a todos interessa e de que só resultaria, por certo, um maior envolvimento e co-responsabilidade de todos e o fortalecimento das soluções encontradas.

Não devemos ter receio da participação dos CAD´s e de todos os juízes, através da sua associação, em tudo o que diga respeito ao Basquetebol e à arbitragem em particular, devemos antes considerar que tal é um direito inalienável e um dever daqueles que têm sob a sua responsabilidade a gestão do sistema da arbitragem.

Mais se estranha esta atitude quando o CA/FPB refere que se tratou de "um trabalho algo moroso".

Se assim foi, não há, aparentemente, nenhum motivo para que o envolvimento das partes interessadas em todo este processo não tenha ocorrido.

Não invocando outro tipo de princípios que devem orientar uma gestão das causas públicas, como a arbitragem o é, basta referir o que estatutariamente está previsto no que se refere à competência do Conselho de Arbitragem
"Assegurar, em articulação com os Conselhos de Arbitragem das Associações Distritais e Regionais a coordenação da gestão do sistema da arbitragem em todo o território nacional "
- al. d) artº 43º dos Estatutos da FPB.

Por isso, e porque o que importa é debater e contribuir para a melhoria da arbitragem nacional pergunta-se:

Tratando-se de um documento tão estruturante de um setor tão especifico e sensível não seria recomendável, e até exigível, que os CAD´s tivessem sido envolvidos neste processo de revisão?

Por razões de legalidade, pensamento democrático e bom senso, não seria de ouvir a ANJB, enquanto entidade representativa dos juízes?

É por isso que há muito defendo o reforço das competências da Assembleia Geral da F.P.B. único fórum capaz de promover, de forma transversal, a participação de todos os agentes nas questões fundamentais da modalidade e de garantir a plena democratização de processos e das soluções para o desenvolvimento da modalidade.

Só a participação envolvente pode motivar todos os agentes para um processo de evolução do basquetebol e da arbitragem em particular.

Ao limitar-se a participação à divulgação de informação institucional estamos a criar um "gap" entre a gestão da arbitragem e os juízes, e os seus órgãos representativos, e a por em risco o compromisso e o sentido de envolvimento que deve existir entre os juízes e a sua estrutura dirigente, seja ela nacional ou regional.

Na era do digital não é possível impedir a comunicação e discussão de qualquer assunto. 

Se aos juízes e às estruturas representativas não se disponibiliza o espaço interno de discussão para poder contribuir para as decisões que afeta o sector, é muito provável que esse debate se faça através de canais externos, o que poderá ter então inconvenientes para a imagem da própria modalidade.

Pena que se percam tantas oportunidades para promover o envolvimento e participação de todos naquilo que é o amor que nos une - a arbitragem do Basquetebol.

 

Valdemar Cabral

domingo, 11 de maio de 2014

ELEIÇÃO DE DELEGADOS ASSEMBLEIA GERAL DA F.P.B.

SOU CANDIDATO


Está aberto o processo eleitoral para a constituição da Assembleia Geral da FPB, para o quadriénio 2014-2018.
 

Este processo eleitoral é uma oportunidade para, aos mais diversos níveis, se apresentarem propostas, se discutirem soluções e, de uma forma participativa e inovadora, todos contribuírem para um novo impulso na nossa modalidade.

A Assembleia Geral da F.P.B., enquanto órgão máximo da modalidade, tem que ser o motor desse impulso e o fórum onde se debata e aprove a politica de desenvolvimento e as estratégias a prosseguir, cabendo aos diversos órgãos executivos promover os meios para a sua persecução e permanente adequação às necessidades competitivas e à valorização do jogo em todas as suas vertentes.

Neste sentido, decidi candidatar-me ao lugar de Delegado, a eleger pelos Juízes.
 
Candidato-me porque considero que reúno todas as condições para poder representar os juízes e contribuir para um trabalho que, sendo colectivo, tem que ter elementos de referência, com competência, provas dadas  e capazes de motivar e gerar consensos com todos os agentes da modalidade

Por outro lado, faço-o porque entendo que:

  1. Os juízes têm que ter uma voz ativa e inovadora que intervenha numa perspectiva global na defesa dos interesses da arbitragem, enquanto factor determinante do sucesso do jogo e do seu desenvolvimento;
  2. É necessário pensar o Basket, reconhecendo todos os aspetos positivos mas também que há um longo e difícil caminho a percorrer se quisermos que o basquetebol seja uma modalidade de maior referência no desporto nacional;
  3. É imperioso dar um passo qualitativo no modelo de gestão da arbitragem, definindo  objetivos e metas, áreas de responsabilidade e responsáveis, modelos e meios de gestão;
  4. É tempo de novas propostas, novas perspectivas e novos métodos de trabalho, devendo todo e qualquer órgão de gestão assumir compromissos, metas e resultados, para que perante eles se possa avaliar a atividade desenvolvida, corrigir processos e promover a melhoria continua da gestão do Basquetebol.

Oportunamente dirigir-me-ei a todos os juízes apresentando-lhes aquilo que considero serem as linhas de orientação do meu mandato e que espero venha a merecer o seu apoio, condição indispensável para que se possa tornar uma realidade.

Valdemar Cabral