ELE NÃO NOS MERECE!
"Futebol português não merece os árbitros que tem".
Pedro Proença
Referi-me no meu último texto à necessidade de" ter presente que a par de se querer formar um excelente árbitro, é necessário trabalhar para formar um excelente homem, ou mulher".
Não esperava que tão rapidamente esta minha opinião tivesse tão ilustrativo fundamento.
Por isso, trouxe-a à colação, porque não gostaria que um árbitro de basquetebol, por mais reputado que fosse o seu desempenho, alguma vez proferisse afirmações como as que recentemente foram proferidas por Pedro Proença, árbitro internacional de futebol.
De facto, o futebol português não merece este tipo de árbitros, mas outro tipo de homens e mulheres.
Pessoas com humildade, sentido critico, respeito pelos concidadãos que lhes pagam, ou proporcionam condições para serem pagos.
É facto que há na comunicação social um generalizado excesso de apreciação crítica da arbitragem do futebol, não se dando o beneficio da dúvida, nem respeitando uma atividade como a de árbitro, de qualquer modalidade.
Mas também é facto que os árbitros têm que viver, e saber viver, com essa pressão, é o preço do vedetismo tantas vezes procurado, dever e obrigação que se impõe a quem defende o profissionalismo e a ele aderiu.
Não foi a arbitragem que "chamou" toda a comunicação social para divulgar a cerimónia das insígnias da FIFA para a presente época?
Não merecerão os erros grosseiros (ou não os há?) igual destaque?
Pena que a falta de merecimento de todos nós por aquela ilustre personagem, não seja acompanhado da sua emigração para outros países, como a tal são forçados milhares e milhares de jovens com competências bem mais úteis a Portugal.
Os árbitros de topo do futebol nacional são profissionais principescamente remunerados.
Se, por vezes, são injustiçados, que dizer dos homens e mulheres que trabalham 8h e mais por dia para terem um salário de €485,00?
Que dizer de quem tem um intervalo para ir à casa de banho, que é descontado no horário de trabalho?
De quem é obrigado a levar de casa o papel higiénico que utiliza no trabalho ou a alimentação que vai comer sentado no degrau de uma escada ou num banco de madeira?
Que dizer de quem, tantas e tantas vezes, tem que viver com a coação moral e psicológica da sua entidade patronal, ou dos seus representantes?
E são estes que, no anonimato, alimentam o mundo do futebol, com as suas virtudes e misérias.
É certo que alguns árbitros têm tido bons desempenhos internacionais e, por isso, participado nas mais importantes competições europeias e mundiais não tendo merecido, internamente, o mesmo reconhecimento.
Mas é sério alegar que se sou "bom" na Europa também sou "bom" em Portugal?
Este é um discurso conhecido, mas que não serve senão para tentar tapar o sol com a peneira.
Portugal nada deve a estas personagens que, filhos do anonimato, devem ao futebol toda a notoriedade que têm.
Por tudo isto é que a formação, o acompanhamento e o exemplo de quem dirige são determinantes para formar homens e mulheres que honrem o País em todas as suas atividades, lúdicas ou profissionais, e façam do Desporto uma escola de educação cívica e desenvolvimento pessoal.
Valdemar cabral
"Futebol português não merece os árbitros que tem".
Pedro Proença
Referi-me no meu último texto à necessidade de" ter presente que a par de se querer formar um excelente árbitro, é necessário trabalhar para formar um excelente homem, ou mulher".
Não esperava que tão rapidamente esta minha opinião tivesse tão ilustrativo fundamento.
Por isso, trouxe-a à colação, porque não gostaria que um árbitro de basquetebol, por mais reputado que fosse o seu desempenho, alguma vez proferisse afirmações como as que recentemente foram proferidas por Pedro Proença, árbitro internacional de futebol.
De facto, o futebol português não merece este tipo de árbitros, mas outro tipo de homens e mulheres.
Pessoas com humildade, sentido critico, respeito pelos concidadãos que lhes pagam, ou proporcionam condições para serem pagos.
É facto que há na comunicação social um generalizado excesso de apreciação crítica da arbitragem do futebol, não se dando o beneficio da dúvida, nem respeitando uma atividade como a de árbitro, de qualquer modalidade.
Mas também é facto que os árbitros têm que viver, e saber viver, com essa pressão, é o preço do vedetismo tantas vezes procurado, dever e obrigação que se impõe a quem defende o profissionalismo e a ele aderiu.
Não foi a arbitragem que "chamou" toda a comunicação social para divulgar a cerimónia das insígnias da FIFA para a presente época?
Não merecerão os erros grosseiros (ou não os há?) igual destaque?
Pena que a falta de merecimento de todos nós por aquela ilustre personagem, não seja acompanhado da sua emigração para outros países, como a tal são forçados milhares e milhares de jovens com competências bem mais úteis a Portugal.
Os árbitros de topo do futebol nacional são profissionais principescamente remunerados.
Se, por vezes, são injustiçados, que dizer dos homens e mulheres que trabalham 8h e mais por dia para terem um salário de €485,00?
Que dizer de quem tem um intervalo para ir à casa de banho, que é descontado no horário de trabalho?
De quem é obrigado a levar de casa o papel higiénico que utiliza no trabalho ou a alimentação que vai comer sentado no degrau de uma escada ou num banco de madeira?
Que dizer de quem, tantas e tantas vezes, tem que viver com a coação moral e psicológica da sua entidade patronal, ou dos seus representantes?
E são estes que, no anonimato, alimentam o mundo do futebol, com as suas virtudes e misérias.
É certo que alguns árbitros têm tido bons desempenhos internacionais e, por isso, participado nas mais importantes competições europeias e mundiais não tendo merecido, internamente, o mesmo reconhecimento.
Mas é sério alegar que se sou "bom" na Europa também sou "bom" em Portugal?
Este é um discurso conhecido, mas que não serve senão para tentar tapar o sol com a peneira.
Portugal nada deve a estas personagens que, filhos do anonimato, devem ao futebol toda a notoriedade que têm.
Por tudo isto é que a formação, o acompanhamento e o exemplo de quem dirige são determinantes para formar homens e mulheres que honrem o País em todas as suas atividades, lúdicas ou profissionais, e façam do Desporto uma escola de educação cívica e desenvolvimento pessoal.
Valdemar cabral