Uma oportunidade!
Inicia-se hoje a 2ª fase do programa "Potenciais Talentos", no qual vão participar jovens árbitros e árbitras de várias regiões do País.
Esta é, sem qualquer sombra de dúvidas, a iniciativa mais inovadora lançada há cerca de 15 anos na formação de jovens árbitros de basquetebol, sendo o seu contributo decisivo para a valorização e motivação no desempenho de tão difícil função.
No entanto, não devem os jovens encarar a sua participação neste Programa como a forma mais fácil de atingir objetivos que são comuns a outros jovens árbitros do País, mas como uma oportunidade para se adquirir, ou desenvolver, competências, criar hábitos de trabalho e saber assumir, com humildade, novas responsabilidades.
O tempo que vivemos exige rigor, espírito de sacrifício, capacidade de trabalho e uma atitude de solidariedade e compromisso para o desenvolvimento do bem comum o que, no nosso caso, significa a arbitragem e o Basquetebol.
Importa, por isso, ter presente que a par de se querer formar um excelente árbitro, é necessário trabalhar para formar um excelente homem, ou mulher, pessoas capazes de perceber que a arbitragem não é, e porventura nunca será, um campo de realização profissional, mas uma forma de participação ativa na sociedade e de desenvolvimento pessoal e cívico dos jovens árbitros.
Esta é a grande recompensa da nossa atividade.
Por isso, a formação de juízes deve,
hoje em dia, ser feita numa lógica de "banda larga", alicerçada
em relevantes valores ético sociais e abrangendo o que se designa por "soft skills",
competências transversais necessárias ao pleno desempenho da atividade de
qualquer árbitro na realidade sócio desportiva em que nos inserimos.
Torna-se imprescindível transmitir a todos os juízes que a sua formação e desenvolvimento, enquanto árbitro de basquetebol, deve alicerçar-se em valores como a imparcialidade, a lealdade, o respeito, a humildade, o trabalho e o orgulho de pertença à arbitragem.
Por outro lado, deve ser desenvolvido um conjunto de competências absolutamente necessárias para criar no jovem árbitro um perfil típico do árbitro de excelência do Basquetebol, capaz de enquadrar e aplicar as competências técnicas exigíveis em qualquer circunstancias do jogo.
De que competências estamos a falar?
Focalização - compreender e responder ás necessidades da modalidade de forma precisa, efetiva e atempada; cultivar com todos os agentes um espírito de parceria;
Trabalho em equipa- os interesses da equipa acima dos interesses individuais; estar aberto a receber feed-backs; apoiar os membros da equipa para atingir os objetivos comuns; partilha de informação e conhecimento;
Rigor e Qualidade - previa definição de objetivos, persistindo na sua concretização; capacidade de auto critica e auto-formação;
Envolvimento - promover uma atitude pró-activa; saber assumir posições de interesse coletivo; investir nos projetos coletivos; saber "vestir a camisola" da arbitragem nos bons e maus momentos;
Responsabilidade - saber assumir responsabilidade pelas ações; trabalhar com persistência para atingir os resultados;
Adaptação á mudança - saber adaptar-se ao tempo e às novas prioridades da modalidade e da arbitragem; flexibilidade para situações imprevistas;
Meus caros árbitros e árbitras deste e de outros programas de "Potenciais Talentos"
O vosso esforço em prol da modalidade é, em muitos casos, um exemplo para todos nós e vivido, semana a semana, por todos aqueles que, nos respetivos CAD´s, vos acompanham.
Aproveitem esta oportunidade, e que o resultado seja o reforço das competências essenciais ao vosso desenvolvimento pessoal, enquanto árbitro, e a valorização da arbitragem nacional.
Valdemar cabral
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