REFLEXÕES - Parte I
Com as recentes decisões da Assembleia Geral da FPB,
deu-se formalmente início a um processo global para eleição dos titulares dos
órgãos sociais de FPB e para os Delegados da Assembleia Geral.
Este processo, para que todos os amantes da
modalidade estão convocados, deve ser
encarado com a máxima normalidade e responsabilidade, pois é necessário dar o
passo em frente e saber assumir responsabilidades.
Mas devemos fazê-lo com transparência e com plena
abertura para discutir ideias e projetos, e não pessoas, sabendo respeitar o
passado e quem ao longo dos anos deu o melhor do seu saber e competência em prol
da modalidade, enquanto outros mais se preocuparam com as suas vantagens e,
nalguns casos, se demitiram das suas responsabilidades.
Não se deve, por isso, construir um projeto pela
negativa nem contra ninguém, mas com todos aqueles que revelarem espírito criativo
e inovador ao serviço da modalidade e a queiram servir com espírito de missão e
contribuir para o seu desenvolvimento.
O que importa são os projectos e não as pessoas, e
devemos exigir delas o compromisso pelo cumprimento das propostas que vierem a
ser merecedoras da preferência.
O setor da arbitragem, tal como todos os outros
restantes órgãos sociais, também vai estar sujeito ao processo eleitoral, pelo
que é tempo de sobre ele darmos os nossos contributos e esperar que da discussão
surjam os melhores projectos e os melhores agentes para a sua execução.
Ao longo dos últimos anos a arbitragem tem alicerçado
todo o seu trabalho no carater voluntarista dos seus protagonistas faltando, de
facto, um projecto, uma estratégia e, acima de tudo, um real compromisso com a modalidade.
A arbitragem vive qual região autónoma num país em
crise, sem compromissos com a realidade e sem ter sequer que prestar contas da
sua atividade a ninguém.
É preciso dar outra dimensão ao setor da arbitragem
e deixar de reduzir a sua atividade à mera gestão das nomeações e dos juízes.
Todos sabemos que a cristalização de pessoas e
sistemas pode ser o primeiro passo para a estagnação, pelo que importa promover a abertura a contributos de outros agentes, prosseguir um modelo de gestão com compromissos e implementar métodos de acompanhamento de toda a atividade, por forma a avaliar sistematicamente os desempenhos, com o que, por certo, se contribuirá para uma nova era no desenvolvimento da arbitragem.
É tempo de dar passos certos nessa direção.
Nesse sentido, iremos formalizar algumas propostas
para discussão com quem, de boa fé, queira contribuir para o desenvolvimento da
arbitragem e do Basquetebol.
Valdemar cabral