O PORTO ESCOLHEU
No entanto, houve unanimidade no reconhecimento que no Porto houve um vencedor - Rui Moreira.
De facto,
uma personalidade com sentido de responsabilidade, bom senso e com um discurso
honesto e realista conseguiu, em condições muito particulares, reconheça-se, captar a
preferência das gentes do Porto.
Esta
eleição foi, sobre muitos aspetos, apresentada como uma nova forma de se
encarar os jogos partidários e as gentes
do Porto apontadas como mais um exemplo de liberdade face aos aparelhos
partidários.
A este
propósito, não posso deixar de referir a opinião de Miguel Sousa Tavares in
Expresso 5.12.2013.
Triunfou, sim,
um antigo e digno espírito burguês, assente em virtudes velhas e em desuso,
tais como o trabalho, a poupança, a seriedade nos negócios e nas contas, que ao
longo dos tempos fez prosperidade e o nome honrado do Porto.
Não se poderia dizer mais e melhor
com tão singelas palavras, pois este é o espírito do Porto e das suas gentes.
Um colectivo que, acima de tudo, vive
o presente com sentido de responsabilidade e humildade, que recusa gastar hoje
o que irá ganhar amanhã e que sabe que só com trabalho, espírito de entre-ajuda
e partilha de esforços se pode ter um futuro melhor.
É evidente que ninguém tem o
exclusivo destes valores que, como diz MST estão em desuso, mas há quem os
tenha sempre presentes, os viva no seu dia a dia, e acima de tudo, os
interiorize como o "ADN" da sua identidade.
Esses são as gentes do Porto e esse espirito o seu motivo de orgulho e regozijo.
valdemar cabral