sexta-feira, 18 de abril de 2014

ELEIÇÕES F.P.B.

 
 

REFLEXÕES

 

Do feedback que tenho recebido sobre as ideias/propostas para a arbitragem que vou partilhando neste espaço com todos aqueles que, de boa fé e espírito construtivo, querem trabalhar em prol da modalidade, uma das opiniões mais frequentemente transmitidas é que as ideias correspondem, em muito, àquilo que seria desejado, mas a realidade da nossa modalidade não reúne as melhores condições para as levar a efeito, sendo muito difícil de as implementar.
 
Apesar de não concordar plenamente com esta ideia, também não é menos verdade que as coisas não serão fáceis, pelo que a ponderação
de outros factores terá também que ser feita.

 
No entanto, é sempre preciso um sonho para criar um conceito, para obtermos a superação, e são precisas pessoas para tornar os sonhos realidade.
 
Se nos bastarmos sempre só com aquilo que é possível, quer queiramos quer não, muito dificilmente superaremos a realidade e acabaremos por fazer sempre o mesmo, umas vezes melhor outras vezes pior.
Por isso, com bom senso e sentido de responsabilidade, deveremos sempre sonhar e lutar por esse sonho.
 
Estas reflexões poderão ser sonhos que não têm pessoas para os tornar realidade, mas é minha convicção que mais cedo do que tarde terão que ser uma realidade.
 
A modalidade precisa dessa reflexão, precisa da participação de clubes, treinadores e jogadores no desenvolvimento da arbitragem, mas essa participação tem que ser verdadeiramente integrada, responsável e responsabilizante.
 
Ninguém tem a solução única ou é detentor da melhor solução, por isso, é para mim absolutamente decisivo eleger a Assembleia Geral da FPB como o fórum, à falta de melhor, para discutir, definir e assumir compromissos para o desenvolvimento da arbitragem
 
É evidente que não pode ser o local único de discussão, nem é essa a sua função determinante, mas tem um papel catalisador e, acima de tudo, a função deliberativa que só a ela cabe.
 
Assumida esta dimensão, fácil será multiplicar os espaços de trabalho sobre a arbitragem, pelo menos sobre a arbitragem que eu sonho.
 
Mas este sonho, para ser realidade, necessita de pessoas, isto é, de liderança com capacidade de gestão.
 
Liderança no sentido de contagiar e comprometer uma equipa vencedora, de saber comunicar com impacto os objectivos e metas a alcançar;
 

Capacidade de gestão numa perspectiva de antecipar necessidades, definir valores e ter uma visão.

Não nos preocupemos com as pessoas mas com os projetos, e não tenhamos o doentio defeito de ver em quem não pensa como nós, os nossos inimigos.
 
 
Como já referi neste espaço, o pensamento divergente deve ser aceite como um contributo positivo, assente no princípio que a diversidade de opinião é um valor indispensável para o desenvolvimento das sociedades.


valdemar cabral

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