sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

SABER SER


Os valores sociais e a sua prática

Realizou-se no passado dia 10 de Dezembro na Assembleia da República a cerimónia da entrega da medalha comemorativa do 50º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos aos 3 elementos distinguidos com o prémio Direitos Humanos 2013.

Tudo não passaria de normal, se normal tivesse sido a intervenção dos distinguidos.

Mas não.

Jose António Pinto, Assistente Social na junta de freguesia de Campanha-Porto, ao agradecer a distinção do prémio mais não fez do que, afinal, demonstrar o quão justa foi a sua atribuição.

De facto,  num momento em que muitos confortados no bem estar proporcionado por escassos minutos de exposição pública, gozando as vénias de ocasião, se refugiariam em palavras gastas e ocas, o galardoado fez jus ao seus valores e demonstrou que um homem de convicções, princípios e sentido de responsabilidade social em todas as ocasiões o deve demonstrar, correndo o risco do incómodo e, até, de vir a ter prejuízos diretos, ou indiretos, para o seu nome e pessoa.

Na referida cerimónia, perante a Presidente da Assembleia da República e os acomodados deputados, José António Pinto afirmou:

"Deixo ficar esta medalha no Parlamento se os senhores deputados me prometerem que, futuramente, as leis aprovadas nesta casa não vão causar mais estragos na vida daqueles que, por terem deixado de dar lucro, são agora considerados descartáveis";

"Eu não quero receber medalhas, quero justiça na economia, justiça na repartição da riqueza criada";

"Quero que a dignidade do Homem seja mais valorizada que os mercados, que o interesse coletivo e o bem comum tenham mais força que os interesses de meia dúzia de privilegiados".

A partir da leitura desta notícia refleti sobre a falta que nos fazem homens e mulher que:
 
  • Alicerçados na força das suas convicções tenham uma visão da sociedade, e dos seus valores, que ultrapasse o horizonte que a sua vista alcança;
  • Sejam capazes de ver para além do muro das dificuldades e pensar fora do quadrado que a todos limita;
  • Tendo princípios e valores sejam capazes de separar o acessório do essencial e o individual do coletivo;
  • Entendam que o percurso em circulo e ziguezague, tentando ludibriar os desatentos, será sempre o caminho mais longo para atingir a verdade;
  • Alicercem a sua competência na força dos seus argumentos, princípios e ações e não no poder efémero, mesmo que legitimamente exercido;
Este é o desafio que se coloca a todos nós -  com o nosso exemplo, competência, espirito de missão e de partilha, temos que contribuir para o bem comum e saber ajudar a transformar as dificuldades em oportunidades.

A arbitragem e o Basquetebol também carecem desse desafio e todos temos que ajudar a vencer.

Valdemar cabral


 

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